Cão ajuda no desenvolvimento de bebê com Down; leia essa e mais histórias
Ter
um animal de estimação traz um lista infindável de benefícios. É o que
garante Hannelore Fuchs, veterinária e psicóloga de São
Paulo, especializada em comportamento animal. "Tudo começa pelo lado
fisiológico", descreve ela. "O toque, a percepção da pele do animal, faz
nosso organismo liberar endorfinas, as substâncias por trás da sensação
de bem-estar". O olhar também entra nesse somatório.
De acordo com um estudo realizado pela American Heart Association,
criar um animal reduz fatores de risco para doenças cardíacas, como a
pressão alta, colesterol ruim elevado, estresse, obesidade e ajudam,
ainda, na recuperação de pacientes infartados.
Um estudo coordenado pela especialista no Itaci (Instituto de
Tratamento do Câncer Infantil), em São Paulo, mostrou que a visita dos
bichos suspendia provisoriamente a dor nas crianças doentes.
Por falar em crianças, a garotada que é criada ao lado desses companheiros tem mais facilidade de se tornar responsável.
Sem contar que o animal é uma presença constante que preenche carências
psicossociais, afastando a solidão do idoso, divorciado, solteirão ou
dos pais que veem as crias saírem de casa. E ainda não critica o dono.
"Ele assume o papel de filho, amigo, de quem quer que seja do sistema familiar. Isso é atribuído de acordo com sua necessidade", explica Hannelore Fuchs. Não é de estranhar ver alguém se referir como o papai ou a mamãe de um cão ou gato.
"Ele assume o papel de filho, amigo, de quem quer que seja do sistema familiar. Isso é atribuído de acordo com sua necessidade", explica Hannelore Fuchs. Não é de estranhar ver alguém se referir como o papai ou a mamãe de um cão ou gato.
Há, também, os animais que são usados como intermediários para pessoas
com problemas específicos, como os cães que auxiliam pessoas com
deficiência visual ou física. "É algo de valor inestimável, pois tira a
dependência desse indivíduo em relação a outro ser humano", diz
Hannelore. "Faz com que ele se sinta mais inteiro e no controle da
situação".
Álbum reúne fotos de animais de estimação e seus donos
Veja Álbum de fotos"Existem algumas etapas", relata Lantzman, que também é professor da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). Primeiro, deve-se optar pelo animal mais adequado: no seu caso, é melhor ter um cachorro ou um gato? Qual é a melhor raça?
Até dentro da ninhada, dá para ver como o animal responde aos estímulos e se comporta em relação aos outros cães ou pessoas no dia a dia: tem tendência a ser dominante, hiperativo, dócil ou medroso –e o medroso, muita vezes, se revela bastante bravo.
Outras questões que o especialista faz: é para uma casa ou um apartamento? Como é a rotina da família? Já teve um cachorro ou não? Se for um animal de maior porte, é preciso checar se o futuro dono vai ter disponibilidade para passear com ele.
Hannelore Fuchs diz que um cão grande e sossegado como um Golden Retriever pode ser bacana para uma criança, mas com ele vem o ônus de ter mais cuidados, por se tratar de um animal maior e peludo. "Na hora de escolher, pensamos mais na gente, mas também é preciso levar em conta o bem-estar do animal", afirma Lantzman. Portanto, ao pensar em ter um bicho, lembre-se que ele viverá muitos anos e que a vida e a saúde dele dependerão de você.
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